Moeda - Resenha Histórica
As mercadorias aceitas pelo mercado como moedas de troca eram as Conchas, peles, sal, gado, cereais, metais, que passavam a ter valor de dinheiro. Essas mercadorias deveriam ser acumuladas para pagar dívidas, salários, e outros, para que fossem aceitas como dinheiro deviam ser produtos que não se deteriorassem e fácil de transportar e dividir, sendo o ouro e a prata as mercadorias que melhor se prestaram a essa finalidade.
(Metais: ouro e prata)
Problemas: Pesagem balança
Cunhagem
Cunhagem manual.
No início as moedas eram cunhadas de forma artesanal, para realizar a operação o desenho a ser utilizado era gravado de forma "espelhada", em baixo relevo em uma bigorna. Em seguida o disco de metal, previamente aquecido, era pressionado sobre esta gravação com o auxilio de um punção, onde se aplicava a pressão necessária com um martelo, transferindo assim o desenho do cunho para o metal. Este processo produzia moedas com um desenho gravado em apenas uma das faces.
Esquema da prensa de balancim
Um dos símbolos da soberania na Idade Média, pois cunhar dinheiro era prerrogativa real, as Casas da Moeda chegaram cedo ao Brasil, antes mesmo da Independência. O Ciclo do Ouro precipitou a cunhagem de moeda metálica, com o duplo objetivo de fornecer meio circulante á colônia e de arrecadar tributos como a Senhoriagem e a Braçagem. Antes mesmo de se iniciar o Ciclo do Ouro, a Coroa Portuguesa, por volta de 1644, determinou a criação de uma Casa da Moeda em São Paulo, para aproveitar o metal ali extraído.
Inflação
Teoria Quantitativa.
Entalhes visavam diminuir fraudes.
Os metais preciosos foram usados como meio de troca em forma de barras, lingotes, ou em pó, durante muito tempo sem nenhum controle exterior ao dos participantes do mercado. Cada sociedade em épocas diferentes passaram a afixar seu selo na unidade monetária, de modo a torná-la oficial. Essa prática – foi chamada de cunhagem da moeda - evitando dessa forma sua falsificação, segundo alguns autores, os chineses teriam utilizado moedas em tempos anteriores. As moedas primitivas tinham formas irregulares e eram cunhadas com estampas rústicas. Em certo período de sua história, os chineses adaptavam a forma de suas moedas à mercadoria que precisava ser comprada. Assim, a moeda destinada a comprar roupa era cunhada com a forma do corpo humano.
Cédulas: escassez de metais preciosos.
O primeiro dinheiro do Brasil foi a moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio da terra foi feito por meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
As primeiras moedas metálicas – de ouro, prata e cobre – chegaram com o início da colonização portuguesa. A unidade monetária de Portugal, o REAL, foi usada no Brasil durante todo o período colonial. Assim, tudo se contava em réis – plural popular de real – com moedas fabricadas em Portugal e no Brasil.
A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, representou um reconhecimento à condição de sede do Governo e centro de decisões políticas, dada a presença da Corte no Rio de Janeiro.
Nesse período, os gastos extraordinários com a administração, a insuficiência da arrecadação de impostos, as guerras externas e as revoluções internas, os gastos da Corte e outros fatores causaram déficit no Tesouro. Passou-se a emitir dinheiro sem lastro metálico, desvalorizando-o e provocando inflação.
FUNÇÕES DA MOEDA: facilitador das trocas instrumento geral de pagamentos (liquidez) denominador comum de valores reserva.
Tipo de Moedas:
Moeda metálica: ouro e prata (mercadoria) divisionária (troco).
Moeda fiduciária: Papel moeda (inconversível, curso forçado)
Representada em papel e é conversível, é a moeda do dia-a-dia, não é lastreada, não precisa de garantias circula na confiança, pode ser convertida, a qualquer tempo, no valor referencial metálico (ouro, prata, cobre, etc.)
A moeda tem curso forçado porque é a lei que determina o poder liberatório a uma, e tão-somente, uma única moeda como meio de pagamento nas transações internas, a moeda exclusiva do país. Portanto, o pagamento deve ser efetuado em moeda corrente.
Cruzeiro (Cr$) vigente de 1.11.1942 a 12.2.1967
Cruzeiro Novo (NCr$) vigente de 13.2.1967 a 14.5.1970
Cruzeiro (Cr$) vigente de 15.5.1970 a 27.2.1986
Cruzado (Cz$) vigente de 28.2.1986 a 15.1.1989
Cruzado Novo (NCz$) vigente de 16.1.1989 a 15.3.1990
Cruzeiro (Cr$) vigente de 16.3.1990 a 31.7.1993
Cruzeiro Real (CR$) vigente de 1/8/1993 a 30/6/1994
Real (R$) vigente a partir de 1/7/1994
Moeda papel (conversível)
Representada em papel e é conversível, pode ser convertida, a qualquer tempo, no valor referencial metálico (ouro, prata, cobre, etc.), era emitido por instituições conhecidas como “Casas de Custódia”. (Letras de Cambio e Certificados de Depósito Bancários), 100% lastreada em ouro, ou seja a garantia do pagamento dessa forma de moeda é o valor dela em ouro, para emiti-la a casa de custódia deve possuir a quantidade emitida em reservas de ouro metal.
Moeda escritural (bancária)
São criadas pelos bancos comerciais, de depósito. Essas moedas tem velocidade de circulação maior que as outras formas de moeda “cheque, Cartão de Crédito e Débito”.
Cheque (curso livre): representante de depósito à vista.
Cartão de Crédito e Débito (curso livre): crédito Valor da Moeda: Poder aquisitivo.
Quase Moeda
Epecialistas no tema afirmam que os títulos de créditos negociáveis no mercado de capitais, por possuírem algumas características e funções da moeda, como a liquidez, embora em grau inferior, são considerados “quase-moeda”, já que são ativos de alta liquidez, porém menos líquidos que a moeda, como depósitos em caderneta de poupança, Depósitos em CBB, RDB, Letras de câmbio; Letras Financeiras do Tesouro,